O angiologista e cirurgião vascular José João Lopes conta que é cada vez mais comum o surgimento de varizes em decorrência de estresse, má alimentação e sedentarismo.
"Desde a infância é recomendável estimular bons hábitos para prevenir o desenvolvimento futuro de problemas vasculares e circulatórios. Evitar o consumo de refrigerantes, salgadinhos, doces; além de praticar uma dieta equilibrada e natural, a base de frutas e vegetais, são algumas das posturas a serem adotadas", aconselha. "As crianças desenvolvem até os dois anos de idade quase que a quantia de células gordurosas equivalente a de um adulto. Assim, é necessário adquirir hábitos saudáveis desde cedo, mantendo o peso correto para diminuir as possibilidades de desenvolver varizes no decorrer da vida", explica.
Um outro ponto relevante é a prevenção nos profissionais da educação. Os professores são um dos que estão mais propensos ao aparecimento de varizes. "Isso acontece, pois permanecer muito tempo na mesma posição prejudica o fluxo sangüíneo. As veias das pernas levam o sangue no sentido dos pés para o coração, ou seja, de baixo para cima. Esse sentido da circulação é o oposto da força da gravidade, o que dificulta o retorno do sangue", esclarece.
Depois que o problema já está instalado, há ainda a possibilidade de optar pelas tecnologias da medicina estética. Uma das técnicas mais avançadas atualmente é o laser. O processo começa de modo endovascular, uma cirurgia minimamente invasiva. Uma agulha equipada com fibra óptica é introduzida na veia, facilitando a visualização do cirurgião. O laser é disparado, desidratando e secando as varizes. Assim, naturalmente o organismo absorve a veia. O sangramento e as cicatrizes são mínimas ou ausentes.
Outro método é a crioescleroterapia, que utiliza os esclerosantes com um equipamento que diminui a temperatura do produto injetado para 40 graus abaixo de zero. "O esclerosante a essa temperatura faz vasoconstipação, eliminando varizes de pequeno, médio e grosso calibres", comenta. Há também a escleroterapia, que consiste na injeção de medicamentos diretamente no interior das varizes por meio de microagulhas. Com o decorrer do tratamento há uma diminuição progressiva do calibre e consequentemente o vaso se fecha.
Para os vasos acima de um milímetro de diâmetro, as chamadas microvarizes, usa-se muito a microcirurgia com agulha de crochê, o laser EVLT ou ainda a injeção de espuma. A anestesia é local e não há necessidade de longo repouso. "Há um mito que após o tratamento de varizes não se pode tomar sol. Costumo exemplificar que quando batemos a perna, não deixamos de nos expor ao sol por causa do hematoma. Assim, é possível se tratar em qualquer época e não precisa evitar a luz solar", afirma.
Fonte: A Gazeta - http://www.gazetadigital.com.br/
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